sexta-feira, 16 de março de 2007

Férias de Verão...

Custei, mas voltei!
Depois de um ano inteiro de textos engraçados, desesperados e seriamente tendentes a filosofia de caixa de fósforos. Depois de 365 dias de reflexão profunda - ou nem tanto - sobre quem sou, o que quero da vida, chega 2007 - receoso, no princípio, firmando-se aos poucos.
Resolvi, como tudo em minha vida, tirar férias no meio do verão, em pleno calor de 40º de Fortaleza, a capital do sol - sim, em todo o país chovia, só lá o sol brilhava intensamente desde às 06 da manhã.
Meu verão foi fantástico, como todos os verões. Cheio de sol e mar. Com gosto de sal, com cheiro de mariscos frescos, com o calorzinho aconchegante da família - sim, revi a família - mais que isso, teve gosto de amor de verão...
Inebriante, foi chegando - como tudo ultimamente em minha vida - de mansinho, bem de leve. Não esperava por essa. Não procurei, mas fui encontrada e de repente me vi nos braços de um baiano surpreendente.
Surpresa é a saudade que sinto, talvez não passe de saudade do verão e quando o outono chegar ela caia como as folhas secas. Não sei, como saber?
O fato é que por hora me empolga a sensação de sentir-me viva por instantes. Contagem regressiva, amigos... Meu coração volúvel não sabe por quanto tempo o manterá. E devo confessar, sem pejo algum, que já não suporto mais minha resistência à entrega.
Hoje pus um pé atrás, há dias vinha avizinhando-se essa coisa da auto-defesa. Por favor,Deus deixa que eu conserve esse sentimento pelo menos até o carnaval. Estou exausta de resistir, estou exausta do medo de me machucar. Estou exausta de me manter sempre distante de qualquer relacionamento afetivo um pouco mais profundo. Já não quero mais fugir. Não desta vez, não quero mais...
Era para ser um texto leve de verão, engraçado, mas não deu... Estou assombrada com essa m.. de fugir dos sentimentos desde o ''machista'' - sobre ele? - sim, consegui fugir dele, ou melhor, dos sentimentos que ameaçavam minha cômoda solitude. Não foi tão difícil, confesso que ele ajudou muito ao falar em ''administração do lar'' e em ''energia do carvanal'', afinal, eu só precisava de boas razões para me distanciar - bingo! E lá se foi mais uma ''estória de amor''.
...e os urubus continuam voando o dia inteiro entre os girassóis...