quinta-feira, 25 de outubro de 2007

E assim foi o dia em que deixei ir embora uma parte de mim

... Sim, deixei. E minha cama ficou inundada de tua ausência, não havia você entre os travesseiros. Busquei incessante por debaixo dos lençóis. Não estava. Minha cama, de repente, tinha ficado vazia. Vazia de você, cheia do teu cheiro, cheia do odor de nosso suor. A plenitude dos odores da noite passada só aumentava o vazio de ti. Queria-te mais, mais não teria... Pelo menos não no tempo do meu desejo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

SUSTO-ESPANTO-SURPRESA-PÂNICO-SURPRESA-ESPANTO-SUSTO



... essa terapia corporal é f... De repente dei-me conta de que QUERO UM AMOR PARA A VIDA INTEIRA!!!!

Quero um amor que me dê sexo bom, que me seduza docemente, pegue meu corpo firmemente, percorra-o com seus dedos, sua boca, sua língua. Alguém que sinta prazer ao sentir meu cheiro, meu gosto, meu gozo - esfomeado ou sem pressa.

Quero um amor que dê atenção aos detalhes e a mim. Alguém que saiba a hora certa de ligar, de falar e de calar. Alguém que me faça rir de mim mesma quando eu estiver mal humorada e ria de minhas bobagens.

Quero um amor que seja carinhoso, doce. Alguém que me abrace em dias de tempestade, alguém que me dê colo nas tardes de chuva fina. Alguém que saiba o que são tempestades, chuvas finas e céu nublado.

Quero um amor que seja companheiro, seja cúmplice. Alguém que esteja presente mesmo quando estiver ausente. Alguém que me conheça, alguém que compreenda meus paradoxos e até se encante com eles.

Quero um amor para a vida inteira, juntos ou separados, que seja para a vida inteira.

Sim, eu quero um amor para a vida inteira. Estou estupefacta, mas eu - a autosuficiente - quer um amor para a vida inteira. E tenho dito!

domingo, 7 de outubro de 2007

Deite Comigo...(Lie with Me - 2005)


...Saí do cinema com um bolo no estômago. O nó na garganta se avolumava e eu não sabia o que fazer, o que dizer, como proceder. Havia alguém ao meu lado no filme, havia alguém comigo. Alguém com quem eu não tinha a menor intimidade e o filme me despira totalmente.
Lá estava eu, desnuda diante de mim e dos espectadores. Lá estava eu despida diante dele. Mal o conhecia. Não quis dizer nada. Silenciei. Respirei para conseguir conter a explosão de sentimentos que eclodira a partir daquela experiência.
Tão forte...Tão marcante que ainda agora meu corpo passa por calafrios. Não, não é tesão. O filme não me inspirou tesão. Foi um tapa na cara, um soco no estômago. Foi um 'não sei quê'... Um espelho gigante diante dos meus olhos.
Leila sou eu.
É certo que já não vou à night, mas é certo também que sigo tratando os homens como meros objetos sexuais, por total incapacidade de lidar com intimidade. É isso! Confessei... Entrega não é o meu forte (ainda).
A terapia corporal tem ajudado muitíssimo. Sei que serei capaz em algum momento. Os calafrios continuam, tenho vontade de encolher-me na cama ou de ficar horas embaixo do chuveiro morno esperando esse desalento passar.
Sim, amor é possível, mas há que desnudar-se, muito depois de despir-se há que ficar completamente nu. Será que estou pronta?